Iema e prefeitura de Vitória apresentarão método para amenizar depósito de minério em Camburi

A secretaria Municipal de Meio Ambiente de Vitória (Semmam) e o Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema) vão apresentar, no dia 30 de outubro, à empresa Vale S.A, o método científico a ser utilizado para amenizar o depósito de minério de ferro terrestre e marítimo no final da Praia de Camburi, próximo à mineradora. A data foi definida em reunião realizada na terça-feira (29/07) pelo Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Meio Ambiente e Urbanismo de Vitória, e representantes da empresa, da Prefeitura Municipal de Vitória e do Iema.

O Iema e a Semmam irão definir, conjuntamente, qual método causará menos impactos na área, já degradada, para que seja resolvido o problema. Na mesma data em que a técnica será apresentada, também haverá a assinatura de um Termo de Compromisso Ambiental (TCA) entre o MPES, Iema, Semmam e Vale S.A contendo a apresentação do cronograma de realização e entrega dos trabalhos.

O pó de minério foi depositado no final da Praia de Camburi entre as décadas de 70 e 80, quando não havia controle ambiental. A Vale reconheceu o problema e vem cumprindo as exigências definidas pelo MPES e órgãos ambientais.

Reunião no MPES apresentou proposta à grupo técnico composto por órgãos publicos e empresas

 

No dia 06/08, foi apresentado um método que identifica a origem das partículas poluidoras do ar na Grande Vitória, proposta da empresa capixaba Ecosoft.  A apresentação ocorreu no auditório da Procuradoria-Geral de Justiça (PGJ), para o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), Instituto Estadual de Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Iema), Prefeitura Municipal de Vitória, Vale S.A e ArcelorMittal. O grupo técnico foi constituído para acompanhar, no município de Vitória, a execução das determinações do Decreto Estadual nº 3463/2013, que estabelece novos padrões de qualidade do ar para o Espírito Santo.

 

A metodologia apresentada, que visa caracterizar de forma mais detalhada a poeira presente nas residências dos moradores da Grande Vitória, é considerada inédita no país e no mundo, porque ainda não foi implementada na prática. A técnica, porém, é alvo de extensas pesquisas acadêmicas que resultaram em apontamentos eficazes quanto à resolução do problema.

O procedimento conta com a coleta de partículas sedimentadas (acumuladas nas casas e varandas) que serão levadas ao laboratório para identificar as composições do material e, assim, definir a fonte de poluição. Atualmente, a coleta da poeira é realizada diretamente na fonte poluidora e é analisada com outras partículas recolhidas nas casas localizadas ao entorno.

O promotor de Justiça e coordenador de Meio Ambiente e Urbanismo da Região Metropolitana da Grande Vitória, Marcelo Lemos, destacou que todas as fontes emissoras de partículas poluidoras serão alvo de ações que visem amenizar os prejuízos provocados por elas. “Estamos trabalhando todas as fontes de poluição, inclusive a veicular, que é uma das mais consideráveis quanto aos prejuízos no ar da Grande Vitória. Já conversamos com o Detran e o Iema para assinarmos um Termo de Compromisso Ambiental (TCA) visando à implantação de inspeção veicular de forma frequente”, acrescentou.