Júri de assassino de professora é adiado para dezembro

Acusado de assassinar a professora Marcilene Cassuol, em abril de 2006, o réu Nestor Ribeiro Dantas, conhecido como “Cigano”, será julgado no dia 12 de dezembro, a partir das 9 horas, no Fórum Desembargador Mendes Wanderley, em Linhares. O Tribunal do Júri que seria realizado na quarta-feira (24/09) para o julgamento de “Cigano” foi adiado porque a defesa alegou o cumprimento do Ato Normativo nº 195/2014 do Tribunal de Justiça do Espírito Santo (TJES).

O Ato determina a suspensão dos prazos processuais e das audiências, no período de 22 a 26 de setembro de 2014 – ressalvadas aquelas que puderem ser realizadas mediante expressa anuência das partes e de seus advogados. Em razão dessa ressalva, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Linhares, e a Justiça, bem como os jurados, haviam concordado com a realização do Tribunal do Júri no dia 24/09.  

No mesmo dia em que o Júri seria realizado, a 2ª Câmara Criminal do TJES deferiu um recurso do Ministério Público e revogou um habeas corpus concedido a “Cigano”. Com isso, foi expedido novo mandado do prisão para o réu.

O caso envolvendo “Cigano” teve grande repercussão em Linhares e em todo o Estado. A vítima, a professora  Marcilene Cassuol, tinha 23 anos e foi morta com dois tiros dentro de um veículo, onde estava com a filha, de 1 ano e 7 meses, no colo.

Consta da denúncia que Marcilene tentou terminar o relacionamento que mantinha com Cigano e inclusive ajuizou procedimento para este fim. No entanto, ele não aceitava a separação. Cigano queria a guarda da filha, que tinha prometido em casamento para uma outra família cigana. O acusado, de acordo com os autos, chegou a oferecer a quantia de R$ 30 mil para que Marcilene desistisse de manter a guarda filha, o que lhe foi negado.