Ministério Público Estadual discute ações para valorizar o patrimônio histórico de Muqui
15/09/2014O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Muqui e do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (Caoa), realizou, na segunda-feira (15/09), uma reunião para tratar da situação do patrimônio histórico do município Muqui. O objetivo do encontro foi tratar de metas e ações que permitam aperfeiçoar e melhor explorar a característica de sítio histórico que a cidade possui, a fim de incentivar o turismo cultural na região.
Participaram do evento a promotora de Justiça e dirigente do Caoa, Isabela de Deus Cordeiro; o promotor de Justiça titular da Promotoria de Muqui, Fabio Baptista de Souza; além representantes da Secretaria Estadual de Cultura (Secult); da Secretaria de Cultura e de Planejamento de Muqui; do Instituto Jones dos Santos Neves; e a professora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) Renata Hermanny, que também é coordenadora do Laboratório de Patrimônio & Desenvolvimento da Ufes. O Laboratório irá desenvolver e apresentar uma proposta de planejamento de médio e longo prazo para a proteção do patrimônio cultural de Muqui.
De acordo com o promotor de Justiça Fabio Baptista de Souza, uma importante ação que permitiria colocar a cidade na rota de destinos turísticos nacional consiste em realizar estudos que documentem aspectos históricos e arquitetônicos de Muqui, para que sirvam de base para implementação de projetos turísticos de grande porte e para ações que culminem na participação da sociedade em geral na preservação do sítio. Nesse sentido, o MPES irá contatar o reitor da Ufes para ressaltar a importância da universidade nessa ação.
Outro ponto de discussão foi a dificuldade em manter conservados os imóveis históricos do município, cujo custo de manutenção é alto em virtude da arquitetura diferenciada que possuem. Com a falta de recursos e incentivos financeiros, muitos imóveis estão se deteriorando ou sendo modificados pelos proprietários para que se tornem mais lucrativos. Para tentar sanar essa deficiência, a Secult irá apresentar o inventário de bens da cidade tombados como Patrimônio Histórico e suas respectivas necessidades de manutenção com estimativa dos custos, além de apresentar as linhas de crédito para a proteção do patrimônio cultural de Muqui.
Outra reunião será realizada no dia 2 de fevereiro de 2015, para avaliar as metas definidas pelos órgãos participantes no primeiro encontro e definir novos rumos nas ações de valorização do patrimônio histórico de Muqui.