MPES realiza IV Simpósio Capixaba de Memória Institucional

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) e do Memorial, realizou, na sexta-feira (17/10), o IV Simpósio Capixaba de Memória Institucional, cujo tema foi “A Memória Institucional como possibilidade de comunicação organizacional”. O evento foi realizado no auditório da Procuradoria-Geral de Justiça.
O subprocurador-geral de Justiça Judicial Josemar Moreira representou o procurador-geral de Justiça, Eder Pontes da Silva, na solenidade de abertura do simpósio. Ele falou da importância da preservação da Memória Institucional no sucesso e nas conquistas da organização e de seus membros. “A maturidade ministerial que hoje alcançamos e que fez de nós uma das mais respeitadas instituições deste país, teve inicio com esses membros e desbravadores, cujas ações sempre foram pautadas na legalidade e no respeito aos princípios constitucionais que juramos defender”, acentuou. Em outro trecho, o subprocurador de Justiça citou que, com os exemplos do passado, foi possível conquistar a autoridade calcada em argumentos e no respeito à democracia. “Não há como negar, muitos dos nossos direitos e prerrogativas decorreram da luta e do empenho de muitos membros e servidores que ao longo dos anos por aqui passaram”, discursou.
O início dos trabalhos se deu com a conferência ministrada pela capitã do Exército Andreia Arruda Barbosa, doutoranda da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul, com estudos voltados para a Memória Institucional. Andreia Arruda apresentou um trabalho teórico, em que trouxe o lugar da memória nas organizações complexas e expôs como a memória institucional pode ajudar a compor a comunicação organizacional. Segundo ela, a memória possui diversas possibilidades de lugar nas organizações, e uma delas é evidenciar que a trajetória ao longo da história é mais importante do que fatos isolados. “Por isso é importante fazer trabalhos de memória institucional, porque as pessoas, de uma maneira geral, têm essa inclinação de ver só o que está acontecendo nos últimos tempos, se houve uma crise ou escândalo na organização. Então se a organização mostra que tem uma trajetória e uma reputação sólida ao longo do tempo, é mais fácil que ela supere as crises”, ressaltou.
Painel
Também fez parte da programação no simpósio a mesa de comunicações, coordenada pela jornalista Isabela Couto, pesquisadora do Observatório da Mídia da Ufes. A mesa, com palestras mais curtas e de temas de experiências práticas, foi composta pelo juiz titular da 2ª Vara Federal Criminal de Vitória, Ronald Krüger Rodor, que falou do trabalho de resgate da história da Justiça Federal no Espírito Santo; por Sephanie Oliveira, jornalista e servidora efetiva da Imprensa Oficial do Espírito Santo, trazendo um panorama da trajetória da Imprensa Oficial do Estado, cujo carro-chefe é o Diário Oficial; pela servidora do Memorial do MPES Simone da Silva Ávila, que palestrou sobre a memória dos Ministérios Públicos Estaduais na Web. O trabalho trouxe uma análise da vinculação da história dos Ministérios Públicos dos Estados a partir de suas páginas eletrônicas institucionais.