MPES mediará reunião para discutir emissão de pó preto na Grande Vitória
03/02/2016O objetivo da reunião capitaneada pelo MPES é mediar um debate amplo e transparente que aponte medidas possíveis para acabar ou minimizar os efeitos do pó preto, envolvendo o Ministério Público, as empresas poluidoras, as casas legislativas, os órgãos ambientais de controle, as Organizações Não-Governamentais (ONGs) e todos aqueles que quiserem se credenciar para debater o assunto. A reunião será no prédio da Promotoria de Justiça e será a primeira de um conjunto de ações a serem adotadas para o controle mais rigoroso da poluição, em resposta aos relatórios das CPIs.
Para o promotor de Justiça Marcelo Lemos, a participação da sociedade nesse processo de discussão é fundamental. “Esse empoderamento da sociedade, trazendo-a para essa discussão, torna o processo muito mais transparente e mais rico que apenas ouvir algumas pessoas ou algumas ONGs. Essa ampliação do debate para a construção desses Termos de Compromisso Ambiental parecem ser uma possibilidade que nos traz um pouco mais esperança para a solução desse problema”, destaca.
De acordo com o relatório das CPIs, os índices da poluição do ar em Vitória são superiores ao considerado aceitável pela Organização Mundial da Saúde, e os números de doenças respiratórias estão bem acima da média nacional em função dessa poluição do ar. Médicos avaliam que as consequências dependem da saúde de cada pessoa. Crianças, idosos e pessoas com doenças como alergias, asma, enfisemas e doenças cardíacas são os mais afetados. Nos idosos, como o coração passa a ser mais exigido, aumentam casos de infarto do miocárdio.
O promotor de Justiça contou ainda que acredita que, em 2016, a redução do pó preto terá uma grande evolução com as ações e discussões promovidas pelo Ministério Público com a Ales e a Câmara de Vitória, e com a criação de um fundo com recursos das empresas poluidoras, destinado à reparação dos danos à saúde causados pelo pó preto.