Igualdade racial é tema de seminário e debates no MPES

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), realizou na sexta-feira (26/02) o “Seminário sobre Igualdade Racial”. O evento aconteceu das 14h às 17 horas, no auditório da Procuradoria-Geral de Justiça, em Vitória. Estiveram presentes membros e servidores do MPES, além de grupos ativistas do Movimento Negro. Compuseram a mesa solene, na abertura do evento, a promotora de Justiça e dirigente do Ceaf, Sabrina Coelho Machado Farjado, e os promotores de Justiça Cleto Vinicius Vieira Pedrollo, dirigente do Centro de Apoio de Implementação das Políticas de Saúde (Caps), Luiz Antônio de Souza Silva e Wagner Eduardo Vasconcellos.
A programação contou com duas palestras. A primeira tratou da “Análise Histórica da Ação Afirmativa no Brasil” e foi ministrada por Mário Lisboa Theodoro, consultor legislativo do Senado Federal e pesquisador visitante ligado ao Departamento de Sociologia da Universidade de Brasília (UnB). “As ações afirmativas foram criadas para trazer um mínimo de igualdade e pertencimento. Pois o Brasil construiu a riqueza da diversidade na pobreza da desigualdade. Um país diverso não precisa ser necessariamente desigual, a não ser que se jogue nesse país o filtro do racismo. O racismo determina que algumas pessoas, por causa de seu biótipo, tenham mais oportunidade do que outras”, disse o pesquisador.
Em seguida, a procuradora de Justiça do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) Maria Bernadete Martins de Azevedo Figueiroa ministrou a palestra “Experiência frente ao Grupo Técnico (GT) Racismo do Conselho Nacional do Ministério Público”. Maria Bernadete é coordenadora do GT Racismo do MPPE e coordenadora do GT 4 do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) – Enfrentamento ao Racismo e Diversidade. “Fico muito feliz de participar de eventos como esse e ver a disposição de todos para discutir esse tema. Sabemos que o racismo mata. No GT Racismo nós queremos combatê-lo efetivando a lei, dentro do estado democrático de direito, com a cobrança e a fiscalização dos movimentos sociais”, afirmou a procuradora de Justiça.
Após as palestras, foram realizados debates sobre os temas apresentados no seminário, com a mediação do promotor de Justiça do MPES Luiz Antônio de Souza Silva.