Força tarefa do MPES apura homicídios e crimes cometidos durante paralisação da PM
16/03/2017
O comitê de governança da força tarefa criada no Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) para acompanhar os crimes decorrentes da paralisação da Polícia Militar definiu as primeiras estratégias de atuação. Neste primeiro momento, os trabalhos terão o foco em cinco alvos principais: os crimes de homicídios, ataques e incêndios a ônibus, latrocínios, crimes militares e a análise da responsabilidade pelos atos praticados por mulheres e familiares de policiais durante o movimento. A intenção é que sejam apresentados, à sociedade, relatórios mensais com as atividades desenvolvidas. Assim, os primeiros resultados deverão ser divulgados em cerca de 30 dias.
Composta por mais de 100 promotores de Justiça de todo o Estado, a força tarefa atuará na apuração dos crimes em parceria com as polícias e demais instituições de investigação, para buscar o levantamento de todos os dados disponíveis em relação ao caso, bem como a possibilidade de acesso direto a alguns sistemas das polícias, entre outras providências. O comitê de governança da força tarefa realizou a primeira reunião na segunda-feira (13/03).
Em continuidade às medidas adotadas durante os 22 dias de paralisação dos policiais militares, o MPES criou a força tarefa para investigação dos ilícitos ocorridos durante a crise na segurança pública estadual, por meio da Portaria nº 1.608 de 6 de março de 2017. Integram a força tarefa os promotores de Justiça com atribuição natural na esfera penal, comum e militar; controle externo da atividade policial; investigação criminal; acompanhamento de inquéritos policiais cujos objetos sejam delitos ocorridos durante a crise na segurança pública, além de integrantes do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e outros membros, em cooperação, que venham a ser designados pela procuradora-geral de Justiça.