Operação Varredura – Investigações revelam que Richelmi Milke seria o administrador das empresas

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Norte), com apoio do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES, realiza a chamada Operação “Varredura”, focada, em um primeiro momento, em municípios do Norte e Noroeste do Estado.
 
Além do empresário Richelme Milke, o MPES denunciou outras seis pessoas:  Tharlies Brunow Cassaro, que figura como sócio da RT; Tassian Douglas Lovo e Guilherme Afonso Trevizani Almeida, sócios da Aliança Serviços; Edson Antônio Almeida e Luiz Otávio Almeida, sócios da Qualitar Limpeza e Soluções Ambientais; e Vanilson Alves Vilela, secretário de Administração e Finanças de Ponto Belo.
 
A Justiça entendeu que os últimos seis denunciados, aparentemente, não possuíam participação direta nas supostas fraudes, apesar de figurantes dos quadros societários, mas confirmou que o empresário Richelmi Milke seria o administrador de fato das empresas RT, Qualitar e Aliança.
 
Richelmi, dono da empresa RT Empreendimentos e Serviços Ltda, foi preso em São Gabriel da Palha e está no CDP de São Domingos do Norte. Já o secretário de Administração e Finanças de Ponto Belo, Vanilson Alves Vilela, que chegou a ser preso, foi afastado do cargo.
 
Durante a operação, foram apreendidos documentos, computadores, mídias e outros equipamentos e materiais. Vários depoimentos foram colhidos que comprovam a tese do MPES de crimes de peculato, formação de quadrilha, fraude à licitação, tráfico de influência, dentre outros.
 
Outro fato que chamou a atenção dos promotores de Justiça do MPES foi a falta de aferição na tonelagem do lixo descartado. A forma de apuração era feita com a contagem do número de caminhões que transportavam o lixo, o que possibilitaria o superfaturamento dos valores a serem pagos para a empresa prestadora de serviço.
 
As investigações continuam, conduzidas por cinco promotores de Justiça, com participação e apoio de policiais do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar do MPES, além de outros servidores. Os membros do MPES ainda analisam os documentos e dados apreendidos e tomam declarações dos investigados, testemunhas e informantes.