OPERAÇÃO DEPURAÇÃO – NOTA 2
05/03/2018O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça de Vargem Alta, requereu – e a Justiça deferiu – na sexta-feira (02/03) a conversão das prisões temporárias dos investigados na chamada Operação Depuração em prisões preventivas. O MPES incluiu novos elementos, surgidos no interrogatório de suspeitos e testemunhas, que apontaram a participação dos investigados em atos de fraude processual, supressão de documentos e aliciamento de testemunha.
Na quinta-feira (01/03) foram cumpridos mais três mandados de busca e apreensão. Entretanto, nada foi apreendido. O motivo do insucesso, segundo uma testemunha que se apresentou espontaneamente na Promotoria de Justiça de Vargem Alta, foi a eliminação de provas praticada por uma funcionária da empresa Horizonte Consultoria Ambiental. De acordo com o depoimento oficial, a suspeita ingressou no escritório alvo do mandado momentos antes da medida ser cumprida, rasgou documentos, guardou-os na bolsa e deixou o local em seguida.
A Operação Depuração, que foi deflagrada na terça-feira (27/02), busca esclarecer e aprofundar investigações relacionadas a crimes e irregularidades da gestão anterior da Secretaria Municipal de Meio Ambiente de Vargem Alta. As investigações mostram que servidores públicos utilizaram os cargos para atender a interesses privados, apropriando-se de valores públicos relativos a taxas de licenciamento ambiental.
Foram cumpridos, com o apoio da Polícia Militar e Polícia Civil, sete mandados de busca e apreensão; dois de prisão preventiva, de Altair Franco de Moraes e Maria Aparecida da Silva; e três de prisão temporária, de Robson de Oliveira Cleto, Bruno Onhas Pereira e Aldy Antônio Pizetta Júnior. Os envolvidos responderão ainda por associação criminosa, peculato e advocacia administrativa. Além do afastamento do secretário de Administração, o MPES também pediu a indisponibilidade dos bens de todos os envolvidos.