MPES dá apoio à operação contra furto de petróleo bruto nos dutos da Transpetro

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO-MPES), com o auxílio do Núcleo de Inteligência da Assessoria Militar junto ao MPES e participação da Polícia Civil, Polícia Militar e técnicos da Petrobrás, realiza a chamada Operação Conexão Clandestina III, em apoio ao Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ).
 
O objetivo é cumprir 13 mandados de busca e apreensão em endereços suspeitos, onde ocorreria furto de petróleo bruto diretamente dos dutos da Petrobras Transporte (Transpetro), além de locais que seriam usados para receptar e comercializar o produto, como refinarias clandestinas e postos de gasolina.
 
No Espírito Santo são cinco pontos de busca, sendo um em Cariacica, dois em Vila Velha e dois na Serra. Participam da operação em solo capixaba dez policiais militares da Assessoria Militar, dez policiais militares de batalhões locais, dez policiais civis do Rio de Janeiro e cinco técnicos da Petrobras. Também são cumpridos mandados em Guapimirim e Sapucaia, no Estado do Rio de Janeiro; Guaxupé e Arcos, em Minas Gerais; Vera Cruz e Feira de Santana, na Bahia.  A ação conta com apoio da Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ). ?
 
De acordo com o MPRJ, as investigações começaram a partir de denúncias da Transpetro que tratam de furto de petróleo nos dutos que passam por dentro de duas fazendas em Guapimirim. A partir de técnicas de investigação e ações de inteligências, com autorização do Juízo da 2ª  Vara da Comarca de Guapimirim, caminhões que partiam das fazendas foram monitorados durante certo período.  Este controle  possibilitou a identificação dos locais  onde os veículos faziam paradas com o produto do furto. A partir disso, foram pedidos os mandados de busca e apreensão para a operação. 
 
Segundo as investigações, uma das fazendas já apareceu em outros registros da Transpetro de extração clandestina de petróleo. Também há relatório dando conta que homens armados impediram a entrada da técnica da empresa para fazer manutenção nos dutos.
 
O inquérito aponta que o prejuízo da Transpetro com o produto desviado por esta quadrilha chega a R$ 283 mil, apenas no período monitorado. Além disso, este tipo de crime oferece grave risco para a população do entorno dos locais de extração clandestina e ao meio ambiente. Segundo o MPRJ, o furto é feito, na maioria das vezes, pela instalação de uma válvula no duto. O processo é chamado de trepanação e pode resultar em vazamento e até explosão do material.