MPES denuncia seis pessoas por fuga de detentos de presídio de Colatina
10/08/2018O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio da Promotoria de Justiça Criminal de Colatina e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco-Central), ofereceu denúncia à Justiça contra seis pessoas investigadas na Operação O Facilitador, que apura crimes de facilitação de fuga de presos e corrupção, relacionados a dois presos do Centro de Detenção Provisória de Colatina (CDP-COL), em 20 de janeiro de 2018. A denúncia aponta que um ex-inspetor prisional recebeu R$ 4 mil dos familiares dos dois presos para garantir a fuga dos detentos.
De acordo com a denúncia, o então inspetor prisional recebeu R$ 3 mil da mãe de um dos detentos. Já a companheira do outro detento pagou R$ 1 mil para garantir a liberação do marido, valor que foi entregue pela irmã do fugitivo. Os quatro, além dos dois detentos, que continuam foragidos, foram denunciados pelo MPES.
Conforme os autos, o ex-inspetor retirou os dois internos das celas para trabalharem na área externa do CDP-COL sem autorização da direção da unidade. Ele atuava por contrato temporário e foi exonerado pela Secretaria de Estado da Justiça (Sejus) logo após as fugas.
As investigações mostraram que o ex-inspetor adotava conduta incompatível com a função, na medida em que mantinha “estreito relacionamento com os detentos e seus familiares e se valia deste vínculo para realizar ‘pequenos favores’, como a troca de mensagens e recados, utilizando-se desse modo de agir para obtenção de vantagens indevidas”, diz trecho a denúncia.
Crimes
O ex-inspetor, preso na Operação O Facilitador deflagrada no último dia 6 de agosto, foi denunciado pela prática dos delitos de facilitação de fuga de preso e de corrupção passiva. Os demais vão responder por oferecer vantagem ilícita a funcionário público.
Fuga
No momento em que os dois presos simulavam trabalhar na área externa do CDP, foram resgatados por um veículo que parou na frente do portão da unidade. Os dois presos ainda estão foragidos.