MPES, PM e Nuroc deflagram a Operação Comando

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), e a Polícia Militar do Estado do Espírito Santo (PMES), com apoio do Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc), deflagraram, na terça-feira (19/02), a Operação “Comando”.

A investigação foi instaurada pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPES com o objetivo de desarticular a atuação de facção criminosa no Estado do Espírito Santo, bem como de colher provas das atividades criminosas dos integrantes de tal facção.

Fotos da Operação

Durante todo o período de investigação, o Gaeco foi diretamente auxiliado pela Polícia Militar, sendo que, no ato da deflagração, passou a contar com o apoio do Nuroc para a lavratura dos atos de prisão em flagrante e oitiva dos investigados presos.

As diligências investigativas iniciaram-se em junho de 2018 e permitiram colher evidências suficientes para que os promotores de Justiça envolvidos na investigação conseguissem obter decisão favorável do Juízo da 2ª Vara Criminal de Cariacica para o cumprimento de 21 mandados de prisão preventiva e 23 mandados de busca e apreensão.

Na data da deflagração, a Polícia Militar foi diretamente responsável pela execução da prisão de cinco integrantes da fação investigada: Matheus da Silva Pires, vulgo Balão; Railon Januário Gomes, Wilson Silva Almeida, vulgo Diboa; Natanael Silva de Matos, vulgo Natan e Mirian da Conceição Ramos, vulgo Mika.

Por questão de estratégia, duas pessoas foram presas antes da ação principal: no dia 14/02 (quinta-feira), foi preso Alcemar Borges Nascimento, vulgo Cacoal, em Ponta da Fruta, Vila Velha. No dia 18/02 (segunda-feira), os policiais prenderam Francisleny do Nascimento Sal, vulgo Fran, em Coqueiral de Itaparica, também em Vila Velha.

Foram apreendidos milhares de pinos vazios para acondicionamento de cocaína, material para preparo de droga (ácido bórico, cloridrato de lidocaína, comprimidos de cafeína e rolos de papel), R$ 5.800 em espécie, buchas grandes de maconha, pedras de crack, papelotes de cocaína, 27 telefones celulares, munições de diversos calibres (380, .40, .44, .32 e 9mm), um revólver calibre 22, um revólver calibre 32, cadernos com anotações do tráfico, carregador de pistola, luneta com mira telescópica e um caderno com anotações da facção (relação de integrantes no estado, armas do grupo, contabilidade, etc.)

Os investigados detidos foram imediatamente encaminhados ao Núcleo de Repressão às Organizações Criminosas e à Corrupção (Nuroc) para lavratura de flagrante, realização de oitivas e análise de materiais apreendidos.

As provas colhidas já permitem concluir o êxito da operação. Na avaliação do Ministério Público, são suficientes para oferecimento de denúncia em face dos investigados pelo crime de participação na organização criminosa, sem, ainda, descartar a possibilidade de a denúncia, após análise de todo o material probatório produzido, ser acrescida dos crimes de tráfico, associação para o tráfico, dentre outros.

Cinco membros do MPES, seis delegados de Polícia, 10 escrivães, 20 agentes do Nuroc, 104 Policiais Militares participaram dos trabalhos de deflagração da fase ostensiva da Operação “Comando” e atuaram na prisão e condução dos investigados, busca e apreensão de documentos e objetos, realização de oitivas dos detidos e análise da documentação e dos aparelhos eletrônicos apreendidos.