MPES debate segurança pública e crimes cibernéticos

Com o objetivo de despertar uma nova visão ministerial para a atuação na Segurança Pública, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Centro de Apoio Operacional Criminal (CACR) e do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), realizou, na sexta-feira (20/09), o “Painel de Segurança Pública, Jurimetria e Crimes Cibernéticos”. Participaram da abertura do evento os dirigentes do Ceaf, promotor de Justiça Hermes Zaneti Junior, e do CACR, promotor de Justiça Nilton de Barros.
 
Ao ressaltar a importância e os avanços da tecnologia, Hermes Zaneti Junior disse que o MPES busca cada vez mais se qualificar para atuar de forma efetiva em prol da população. “Acreditamos que, nesta era em que a ciência avança aos saltos, é preciso promover esforço e trabalho para atualizar a forma de atuação”, comentou.
 
Estatístico especializado em análise de dados e servidor do MPES, Pedro Pelacani Berger fez a apresentação do “Painel de Segurança Pública: controle externo e combate à criminalidade”, ferramenta virtual que está disponível na Intranet para os membros. Lançado pelo CACR e pelo Núcleo de Controle Externo da Atividade Policial (NCAP), o painel foi desenvolvido a partir da parceria com a Unidade de Inovação e Sustentabilidade da Assessoria de Gestão Estratégica (AGE) e visa apoiar as atividades investigatórias e de planejamento estratégico referentes ao combate à criminalidade e ao controle externo da atividade policial. 
 
Os dados, fornecidos pela Secretaria de Estado da Segurança Pública e Defesa Social (Sesp-ES) e pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), podem ajudar a fomentar o delineamento de estratégias e a busca de soluções que impactem na eficiência da Segurança Pública do Estado, melhorando a qualidade de vida dos cidadãos capixabas.
 
Alexandre Rocha Almeida de Moraes, promotor de Justiça do Ministério Público de São Paulo (MPSP), apresentou a palestra “Segurança Pública – Novo Modelo de Atuação para o Ministério Público Criminal – Agências e Laboratório de Jurimetria”. Moraes ressaltou ser imprescindível repensar o modelo de análise criminal. “Urge minerar dados sociais por meio das novas tecnologias. Somente argumentos não bastam mais”, salientou.
 
A procuradora regional da República Neide Cardoso de Oliveira, coordenadora do Grupo de Apoio sobre Criminalidade Cibernética, apresentou a palestra “Crimes Cibernéticos: atuação do Ministério Público na coleta e preservação da prova”. “A internet é uma rede global de computadores, mas por trás de todo computador, há uma pessoa”, lembrou.
 
Além de debate aberto, também foi realizado o lançamento do livro “Segurança Pública: Os Desafios da pós-modernidade”.