Foragido da Operação Piànjú é preso em Pinheiros
14/01/2021A Polícia Civil do Espírito Santo (PCES), por meio da Divisão Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV/DEIC), e o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), com apoio da Delegacia de Polícia de Pinheiros e do serviço reservado da Polícia Militar, após intenso trabalho de inteligência, identificou, localizou e prendeu na quarta-feira (13/01) mais um alvo foragido da Operação Piànjú. I.J.O, de 66 anos, foi preso no bairro Jundiá, em Pinheiros, na região Norte do Estado. Ao ser abordado, não resistiu à prisão.
Foram cumpridos quatro mandados de prisão preventiva contra ele. O suspeito possui pelo menos 10 carteiras de identidade (ou Registro Geral – R.G.) falsas, o que constitui crime de falsidade ideológica (art. 299 do Código Penal) apenas em relação aos dados, pois os documentos eram materialmente verdadeiros, tendo sido emitidos pela própria Superintendência de Polícia Técnico-Científica (SPTC) da PCES.
O suspeito, por meio da empresa fictícia Comercial Alds Ltda., registrada no nome dele, teria movimentado mais de R$ 7.000.000,00 (sete milhões de reais). Após ser preso, foi encaminhado para a Divisão Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) e, depois de passar pelos procedimentos de praxe, foi encaminhado ao Centro de Triagem de Viana (CTV).
O suspeito, por meio da empresa fictícia Comercial Alds Ltda., registrada no nome dele, teria movimentado mais de R$ 7.000.000,00 (sete milhões de reais). Após ser preso, foi encaminhado para a Divisão Especializada de Furtos e Roubos de Veículos (DFRV) e, depois de passar pelos procedimentos de praxe, foi encaminhado ao Centro de Triagem de Viana (CTV).
Operação Pianjú
No dia 15 de dezembro de 2020, a megaoperação denominada “Operação Pianjú” desarticulou uma organização criminosa, com atuação interestadual e internacional. Dez empresários foram detidos na ocasião — quatro no Espírito Santo, cinco em São Paulo e um no Ceará.
A operação ocorreu de forma simultânea em quatro Estados. No Espírito Santo, foram cumpridos mandados de prisão e de busca e apreensão nos municípios de Vitória, Vila Velha, Serra e Cariacica. Em São Paulo a operação foi realizada na Capital, em Santos e em Jaguariúna. Também foram cumpridos mandados em Fortaleza (CE) e em Maceió (AL).
Investigações
A operação Piànjù é fruto de uma investigação conduzida por dois anos que encontrou uma célula de uma organização criminosa que atuava no Espírito Santo. Essa associação era composta por dois grandes empresários capixabas e diversos outros membros, que agiam como “prestadoras de serviços” de lavagem de capitais para outras organizações criminosas.
O grupo criminoso desarticulado atuava de forma estruturada com a finalidade de praticar diversos crimes, entre eles: organização criminosa, lavagem de dinheiro, falsificação de documentos públicos e particulares, inserção de dados falsos em sistemas informatizados, falsidade ideológica, estelionato e falsa comunicação de crime.
O esquema criminoso foi descoberto a partir de um falso comunicado de roubo de um caminhão. Foi verificado que o caminhão não existia fisicamente e que só constava no banco de dados do Detran e do Renavan. Esses caminhões “fantasmas” serviam de patrimônio para empresas, para que pudessem enviar dinheiro para a China e para os Estados Unidos.
Na primeira fase da investigação, identificou-se que o dinheiro era enviado por determinadas empresas envolvidas em outros crimes. Agora, está em apuração se esses recursos pertenciam às companhias do Espírito Santo e de quais atividades eram provenientes. Os empresários do Estado ficavam com uma parte do dinheiro e enviavam o restante para fora do país, pagando impostos para fugir das fiscalizações dos órgãos de controle.