MPES encerra ciclo de reuniões para tratar da D1 contra a Covid-19 ouvindo a Região Metropolitana
11/06/2021
O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Centro de Apoio Operacional de Implementação das Políticas de Saúde (Caops), encerrou o ciclo de reuniões virtuais com os gestores dos municípios com os responsáveis pela Região Metropolitana, na sexta-feira (11/06). Em pauta, o número de doses (D1) da vacina contra a Covid-19 ainda disponíveis para os municípios e sem aplicação, e a inserção dos dados no sistema do Ministério da Saúde. Hoje, a diferença entre as que foram distribuídas pelo Estado e as aplicadas pelos municípios na região está em 112.415 mil doses. O objetivo foi orientar quanto ao planejamento e adoção de providências imediatas para que a população, integrante dos grupos prioritários e faixas etárias, seja efetivamente vacinadas com a D1 das vacinas, de forma que os imunizantes não fiquem armazenados.
As regiões Sul e Norte/Central foram ouvidas na quarta (09) e quinta-feira (10/06), respectivamente. Foi oportunizado a todos os gestores de saúde fazerem os devidos esclarecimentos em relação aos números que aparecem no sistema do Ministério da Saúde, uma diferença de 54.792 e 68.303, respectivamente, entre as doses distribuídas pelas Superintendências Regionais de Saúde e as efetivamente aplicadas. A diferença total no Estado ficou em 235.510 doses.
Os municípios da Região Metropolitana receberam as informações do quantitativo de doses distribuídas para D1, e o quantitativo que, ainda, permanece para aplicação, oportunidade em que os secretários municipais de Saúde fizeram os devidos esclarecimentos. As principais justificativas foram o atraso no preenchimento dos dados das doses já aplicadas no sistema e a existência de lotes sem registro no sistema do Ministério da Saúde.
A reunião foi coordenada pela promotora de Justiça Inês Thomé Poldi Taddei, dirigente do Caops e coordenadora do Gabinete de Acompanhamento da Pandemia do MPES (GAP-Covid-19), e contou com a presença dos promotores de Justiça dos municípios, que fiscalizam o cumprimento das políticas públicas de saúde da região. Também participaram gestores dos municípios responsáveis pela imunização da população.
A dirigente do Caops esclareceu a necessidade de se manter o registro de vacinação atualizado, para que os municípios não sejam prejudicados no recebimento de novas doses de vacinas contra a Covid-19. “Estamos acompanhando a dificuldade de alguns municípios em registrar os dados no sistema do Ministério da Saúde por conta de problemas de recursos humanos e do próprio sistema. No entanto, é preciso que seja feita, imediatamente, essa regularização, porque os números oficiais orientam o processo de distribuição dessas vacinas”, explicou.
A promotora de Justiça deixou claro que a celeridade é fundamental nesses tempos de pandemia. “Precisamos tirar essas doses das câmaras frias e colocar nos braços da população de forma responsável e planejada. Quanto mais tempo os imunizantes ficam parados, mais tempo vamos levar para reverter essa situação de pandemia”, salientou.