Promotores de Justiça do Júri de Vitória comentam julgamento do Caso Camata

Os promotores de Justiça do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) Rodrigo Monteiro da Silva e Leonardo Augusto de A. Cezar dos Santos, que atuam na Vara do Júri de Vitória, participaram de uma entrevista coletiva virtual para jornalistas na sexta-feira (30/07). Eles atenderam ao pedido da imprensa e responderam a uma série de questionamentos em relação ao julgamento do chamado “Caso Camata”.

Os promotores de Justiça ressaltaram que não há complexidade nesse júri, uma vez que as provas são claras em demonstrar a existência de um homicídio duplamente qualificado. “O papel do Ministério Público é promover a defesa da sociedade diante desse ou de qualquer outro crime. Não há que se falar em tratamento diferenciado do processo por se tratar de um ex-governador. O trâmite foi normal e agora chegamos ao desfecho, no júri. Temos um réu confesso que, motivado por vingança, ceifou a vida de outra pessoa que não teve a menor chance de defesa”, contou Rodrigo Monteiro da Silva.

O julgamento de Marcos Venicio Moreira Andrade, assassino confesso do ex-governador Gérson Camata, em dezembro de 2018, está marcado para o dia 3 de agosto. O júri popular será realizado a partir das 9 horas, no Fórum Criminal de Vitória, no Centro da capital.

Gérson Camata foi assassinado com um tiro no peito no dia 26 de dezembro de 2018, na Praia do Canto, em Vitória. Marcos Venicio, que foi assessor de Camata, foi preso no mesmo dia e confessou o crime. Ele está preso preventivamente.

Em julho de 2019, a Justiça decidiu que Marcos Venicio fosse submetido a júri popular, denunciado pelo MPES por homicídio qualificado por motivo torpe e mediante recurso que dificultou a defesa da vítima, além de porte ilegal de arma. Segundo a denúncia, as penas previstas para esses crimes são: homicídio qualificado, de 12 a 30 anos; e porte ilegal de arma de fogo, de 2 a 4 anos.