Luciana Andrade acompanha julgamento do caso Milena e manifesta solidariedade às vítimas de crimes

A procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), Luciana Andrade, esteve presente ao início do julgamento dos seis acusados de envolvimento no assassinato da médica Milena Gottardi, na manhã desta segunda-feira (23/08), no Fórum de Vitória. Luciana Andrade manifestou solidariedade à vítima e aos familiares do crime, bem como de outros homicídios e feminicídios. Expressou ainda esperança na condenação e no encarceramento dos réus e destacou a atuação do Ministério Público capixaba. “Cumprindo o papel de defensor da coletividade, o Ministério Público se solidariza com todas as vítimas e a seus familiares deste crime e de tantos outros que lamentavelmente ainda ocorrem todos os dias”, assinalou. 

“Hoje visto verde na esperança de que a Justiça seja feita. O Ministério Público, sabedor das robustas provas que há no processo, está convicto da responsabilidade dos réus na morte de Milena e, por isso, espera a condenação e o encarceramento dos réus, conforme as leis e a Constituição, inclusive para servir de exemplo de uma mudança que precisa ser feita”, salientou, ao chegar ao Fórum de Vitória para a realização do Tribunal do Júri do caso, que teve início às 10h15. 

A procuradora-geral de Justiça ainda chamou atenção para a violência de gênero e agressão contra as mulheres, como no caso da médica Milena Gottardi. “O machismo mata! Matou uma mãe, filha, profissional talentosa que todos os dias se dedicava para salvar vidas. Todos nós ficamos órfãos com a morte covarde e abrupta de Milena. Os réus ainda poderão, após cumprir suas penas, voltar a viver em sociedade. E Milena?”, questionou. 

Na sexta-feira (20/08), os promotores de Justiça do Júri de Vitória do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) que atuarão no júri do Caso Milena Gottardi, em coletiva à imprensa, avaliaram que o ingresso de novos documentos ao processo faz parte de uma estratégia da defesa para tentar confundir os jurados. Eles explicaram que essa técnica de confundir para ludibriar jurados e opinião pública será trabalhada e rebatida no plenário e a verdade será demonstrada de forma cabal, ratificando a tese de acusação.

Adiamento
O julgamento dos seis réus foi marcado inicialmente para o dia 8 de março. No entanto, a Justiça suspendeu o júri até que fosse julgado o pedido de desaforamento — transferência do julgamento de um crime doloso contra a vida para outro local — feito pela defesa do réu Hilário Frasson.

A médica oncologista Milena Gottardi foi baleada na cabeça quando saía do Hospital das Clínicas, no bairro Maruípe, em Vitória, no dia 14 de setembro de 2017. Ela foi socorrida, mas não resistiu aos ferimentos e teve morte cerebral. Ela morreu aos 38 anos e deixou duas filhas.

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