MPES realiza evento “Ser mulher” em parceria com Secretaria de Educação de Vila Velha

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Núcleo de Enfrentamento às Violências de Gênero em Defesa dos Direitos das Mulheres (Nevid), promoveu nesta quinta-feira (10), em parceria com a Prefeitura de Vila Velha, o evento “Ser Mulher”. Participaram do evento a coordenadora do Nevid, promotora de Justiça Cristiane Esteves, a psicóloga e a assistente social do Nevid, Jocilene Marquesini Mongim e Bianca Barcelos Rodrigues.

O evento foi uma iniciativa do MPES em parceria com a Secretaria Municipal de Educação (SEMED) de Vila Velha e teve como objetivo debater a prevenção da violência contra a mulher no Estado, em comemoração à semana internacional da mulher, com as equipes de profissionais que atuam diretamente nas escolas.

Cristiane Esteves apresentou às profissionais da educação todos os tipos de medidas protetivas disponíveis, as diferentes formas de violência doméstica e os serviços existentes no Espírito Santo para atendimento às mulheres. “Defendemos que a rede de enfrentamento deve ser estruturada, integrada e eficaz. É essencial, que mulheres que tenham sofrido violência, seja ela qual for, tenham a chance de recomeçar e seguir adiante. E para que isso ocorra, além de resolver a questão criminal, precisamos de ações também na área da educação, da assistência social e da saúde. Com o intuito de controlar a violência doméstica e evitar a todo custo a repetição do crime”, disse.

Em sua participação, a psicóloga Jocilene ressaltou a importância de antecipar estratégias para impedir a violência. “Quando nós falamos no enfrentamento dos aspectos psicossociais da violência, é fundamental pensarmos no papel da educação, por isso é tão significativo estarmos aqui hoje com a Secretaria de Educação”, destacou a psicóloga.

A assistente social Bianca Barcelos Rodrigues trouxe para o debate questões a respeito do surgimento dos direitos das mulheres, mudanças ocorridas nesses direitos e quais ainda precisam ser conquistados. “Não é possível falar do processo de conquista do direito das mulheres sem falar de movimentos feministas. Temos uma série de referenciais, processos históricos documentados em livros e legislações que justificam essa importância.  É extremamente relevante conversarmos sobre a necessidade desses movimentos, sobre as reivindicações das mulheres e como eles contribuíram para que chegássemos aonde estamos e o que ainda precisamos evoluir, enfatizou.

O encontro contou ainda com rodas de conversas e atividades interativas. Os participantes puderam trocar experiências sobre o tema central, com a finalidade de objetivar meios de levar essas informações e abordar a temática direitos da mulher e a Lei Maria da Penha com os alunos e a comunidade escolar.