X Simpósio Capixaba de Memória Institucional debate a inserção da mulher na carreira jurídica

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Centro de Estudo e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), em parceria com o Colégio de Diretores de Escolas e Centros de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional do Espírito Santo (CDEMP) e com a Escola Nacional do Ministério Público (Enamp), realizou, na segunda-feira (27 de junho), o X Simpósio Capixaba de Memória Institucional. O evento online reuniu aproximadamente 100 pessoas, entre membros do MPES e de Ministérios Públicos de outros Estados, além de servidores e colaboradores e participantes do público em geral.

O encontro teve o objetivo de debater a inserção da mulher nas carreiras jurídicas e seus reflexos no profissionalismo, bem como a equidade de gênero no mundo profissional do Direito, além de avaliar as consequências do ingresso tardio das mulheres em carreiras jurídicas tradicionais.

O evento teve início com participação da professora titular do Departamento de Sociologia da Universidade Federal de São Carlos, Maria da Glória Bonelli, que ministrou a palestra “A presença feminina na carreira jurídica”. Na apresentação, a professora trouxe um levantamento referente à ocupação masculina e feminina na magistratura. Os dados mostram que a presença feminina cresceu na década de 2000 a 2010. Essa presença não encontra atualmente um momento tão favorável, segundo Maria da Glória Bonelli, porque os homens hoje teriam maior disponibilidade para seguir no processo de competição e buscar novas cadeiras na esfera jurídica.

A procuradora-geral de Justiça do MPES, Luciana Andrade, abriu o evento e, após saudar os participantes, destacou a importância do tema. Apresentou, ainda, a palestra “A presença feminina no MPES”, na exposição dividida com a promotora de Justiça Cláudia Regina dos Santos Albuquerque Garcia, assessora do Gabinete da Procuradoria-Geral de Justiça. A apresentação trouxe informações da invisibilidade da mulher na história e as etapas que enfrentaram para alcançar seu espaço em ambientes públicos no Espírito Santo, ressaltando a participação das mulheres do Ministério Público capixaba.

O evento foi encerrado com perguntas e debate mediado pelo dirigente do Ceaf, o promotor de Justiça Hermes Zanetti Junior.