MPES adere a acordo que permite utilizar dados estratégicos para proteção ambiental

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Meio Ambiente (Caoa), aderiu ao Acordo de Cooperação Técnica celebrado entre o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), o Instituto Arapyaú de Educação e Desenvolvimento Sustentável e a Associação Brasileira dos Membros do Ministério Público de Meio Ambiente (Abrampa). O objetivo é possibilitar aos Ministérios Públicos brasileiros o acesso a dados e informações da cobertura vegetal, uso da terra no Brasil, intercâmbio de conhecimento e experiências, ferramentas e metodologias de interesse estratégico para promover a proteção, conservação, recuperação e o desenvolvimento sustentável dos biomas brasileiros, no âmbito do Projeto MapBiomas.
 
O MPES, desde a adesão ao acordo, produziu 160 relatórios customizados de desmatamento (com a logomarca do MPES) e os encaminhou às respectivas Promotorias de Justiça para conhecimento e providências pertinentes. Os desmatamentos foram registrados em 35 municípios. Diante disso, foram criados e remetidos aos órgãos de execução responsáveis 35 procedimentos.
 
No último Relatório Anual de Desmatamento (RAD), publicado pelo MapBiomas, o Espírito Santo encontra-se em 26° lugar num ranking composto por 26 Estados e pelo Distrito Federal. Esse ranking se refere à área desmatada por Estado, revelando que no Espírito Santo, em 2020, houve supressão de vegetação de 242ha de Mata Atlântica, e, em 2021, foram desmatados 161ha, indicando uma redução de 33% de desmatamento.
 
O Espírito Santo foi também o Estado com a maior proporção do desmatamento respondido com algum tipo de ação, registrando um índice de 86,3% de ações adotadas. O dado revela o comprometimento e preocupação ministerial no combate à degradação ambiental.