Coordenadora do Nevid explica importância da capacitação sobre violência contra as mulheres
18/08/2022
A coordenadora do Núcleo de Enfrentamento às Violências de Gênero em Defesa dos Direitos das Mulheres (Nevid) do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), promotora de Justiça Cristiane Esteves Soares, concedeu entrevista à TV Record News ES, na quarta-feira (17/08) à noite, para falar da capacitação que será promovida pela instituição para a Guarda Municipal de Vila Velha, abordando o enfrentamento à violência contra as mulheres e a Lei Maria da Penha, nos dias 24, 25 e 26 de agosto de 2022. Cristiane Esteves destacou que o Nevid atua no fomento de políticas públicas de enfrentamento às violências de gênero contra as mulheres, no assessoramento de promotoras e promotores de Justiça nesse tema e na mobilização das atividades desenvolvidas pela rede de atendimento às mulheres em situação de violência.
Essa atuação em rede une no mesmo campo de diálogo membros do MPES, secretarias municipais, como de Assistência Social e de Saúde, Polícias Civil e Militar, Defensoria Pública, Poder Judiciário e movimentos de proteção aos direitos das mulheres locais, com o intuito de conectar os serviços para que formem uma rede segura e eficiente de proteção e acolhimento da mulher em situação de violência, contribuindo para a garantia dos seus direitos.
“A gente trabalha buscando a efetivação dos três eixos da Leia Maria da Penha: a proteção às mulheres, a prevenção à violência doméstica e familiar e a repressão aos autores de violência”, ressaltou.
A promotora de Justiça explicou a importância da capacitação dos agentes das Guardas Municipais da Grande Vitória e do interior do Estado e da atuação em rede. “No primeiro semestre deste ano capacitamos cerca de 400 agentes, com o foco de buscar uma qualificação no atendimento, uma humanização, no entendimento de que a mulher em situação de violência doméstica está em um ciclo de violência, muitas vezes, difícil de sair. No momento que um agente da polícia atende esta mulher de maneira qualificada, informando para ela da rede de proteção de atendimento, dos direitos que ela tem em relação à Lei Maria da Penha, além das medidas protetivas, é fundamental para que ela se sinta segura, protegida e saia do ciclo da violência”, destacou Cristiane Esteves.