MPES dialoga sobre o papel da instituição em uma sociedade em constante transformação

Com o objetivo de gerar reflexão, integrar e preparar a instituição para os desafios de defender os direitos de uma sociedade em constante transformação, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) realizou, na sexta-feira (14/10), o evento “Mais Público: diálogos para o futuro”.  O encontro, direcionado aos membros e membras, servidores e servidoras e demais colaboradores da instituição, fomentou o diálogo acerca do futuro da sociedade e o papel do Ministério Público, com palestras voltadas para a tecnologia, as diferentes gerações e os mais diversos acontecimentos enfrentados na atualidade. O encontro reuniu aproximadamente 600 participantes, de forma presencial e remota. 

A procuradora-geral de Justiça do MPES, Luciana Andrade, ao abrir o evento, saudou todos os presentes e destacou a importância do debate para a efetivação de um Ministério Público cada vez mais preparado e conectado para atender as demandas da sociedade. “A cada dia vivemos um mundo mais complexo, acelerado, impaciente e até intolerante. Essa realidade exige de nós, portanto, muita resiliência, compaixão, resistência e, claro, preparo”, enfatizou. 

O secretário-geral do Gabinete da Procuradora-Geral de Justiça, promotor de Justiça Francisco Martínez Berdeal, ressaltou a necessidade de o Ministério Público buscar entender as tendências para se comunicar de forma mais efetiva com os diferentes segmentos da sociedade.  “Queremos um Ministério Público cada vez mais forte e mais profissional. E a comunicação institucional é um dos pilares estratégicos do Ministério Público capixaba”, assinalou.

Palestras
A primeira palestra foi ministrada pela futurista, engenheira, pós-graduada em Marketing, PhD em artes, com formação executiva pelo MIT Sloan e considerada uma das pensadoras digitais mais influentes do Brasil, Martha Gabriel. Ela abordou a intensa aceleração tecnológica das décadas mais recentes e a necessidade de entender a velocidade do desenvolvimento de novas ideias e informações para conseguir se estabelecer de forma assertiva na sociedade. Salientou também que saber usar as tecnologias é cada vez mais fundamental para transformar a realidade de uma forma positiva e assertiva para o coletivo.

Em seguida, o antropólogo organizacional e futurista, com mais de dez anos de experiência em trabalhos que envolvem inovação, estudos de futuro e cultura organizacional, Francisco Araújo destacou a relação entre o comportamento humano e a tecnologia e seus desdobramentos. Abordou princípios da transformação digital na área pública, como investimentos em pesquisas e desenvolvimento; digitalização, integração e transparência, foco nas pessoas, entre outros temas. 

Após as palestras, foi realizado um diálogo com os dois palestrantes, com participação da procuradora-geral de Justiça e do secretário-geral do Gabinete da PGJ. Em seguida, Luciana Andrade finalizou o evento reforçando a importância do diálogo para a construção de uma instituição ainda mais acolhedora e resolutiva. 

“Que continuemos unindo propósitos para alcançarmos uma sociedade mais justa, mais fraterna e mais igualitária. O propósito do Ministério Público é estar, de fato, no centro de um diálogo coletivo, já que a nós não compete a execução da política pública, nem julgar os processos, nem legislar as leis. Compete ao Ministério Público, então, ser esse grande articulador da sociedade, um articulador com a legitimidade de ouvir e acolher o que essa sociedade deseja”, finalizou.

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