MPES promove treinamento de técnicas especiais de investigação para combater organizações criminosas
21/10/2022Com o objetivo de realizar treinamento de técnicas especiais de investigação e fornecer orientações gerais de planejamento visando o combate às organizações criminosas, o Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) promoveu, na sexta-feira (21/10), o evento de capacitação “Investigações Criminais e Atividades de Inteligência”, no auditório da sede da instituição, em Vitória. O treinamento, realizado por meio do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf) e da Assessoria de Segurança Institucional e Inteligência (ASI) do MPES, contou com a participação de aproximadamente 80 pessoas, entre promotoras e promotores de Justiça e assessores com atribuição investigativa.
A procuradora-geral de Justiça do MPES, Luciana Andrade, abriu o evento destacando que o Gaeco atua permanentemente em defesa da sociedade e no combate à criminalidade, desenvolvendo um trabalho robusto de inteligência e investigação no enfrentamento ao crime organizado e ao tráfico de drogas, e auxilia, inclusive, a localizar e prender criminosos de alta periculosidade.
“O trabalho do Gaeco, frequentemente invisibilizado e incompreendido, tem contribuído, muitas vezes, para manter os pilares da segurança pública e da estabilidade do Espírito Santo. Em situações de crises nessa área, o Ministério Público é chamado e há um grande trabalho de dedicação dos colegas e de todas as equipes, dia e noite, nessas ocasiões”, ressaltou. Luciana Andrade destacou também a relevância do evento para o compartilhamento de informações nesse campo, de forma auxiliar a atuação de promotoras e promotores de Justiça em defesa da sociedade.
Nesse viés, o coordenador do Gaeco do MPES, promotor de Justiça Tiago Boucault Pinhal, assinalou a importância da capacitação para proporcionar conhecimento com relação ao funcionamento do Grupo. “O objetivo do encontro é mostrar como o Gaeco atua, o que fazemos, como lidamos com as mais diversas questões afetas a nossa atribuição, como trabalhar em grupo e como ter interação sem afetar pensamentos e a independência de cada um”, afirmou. Tiago Pinhal também agradeceu o empenho da Administração Superior da instituição por fazer investimentos de mais de R$ 5 milhões em equipamentos e tecnologias de combate ao crime, durante o período da pandemia de Covid-19.
Além de Luciana Andrade e Tiago Boucault Pinhal, compuseram a mesa de honra do início do evento os promotores de Justiça integrantes do Gaeco Fábio Langa Dias e Vitor Anhoque Cavalcanti; o coordenador do Gaesf, promotor de Justiça Luis Felipe Scalco Simão; o coordenador da ASI, promotor de Justiça Sérgio Andrade Werner; e o assessor militar do MPES, tenente-coronel da Polícia Militar Celso Ferrari.
Apresentações
O coordenador do Gaeco do MPES abriu os trabalhos pela manhã abordando o tema “Produção de conhecimentos de inteligência e produção probatória”.
Na sequência, o promotor de Justiça e integrante do Gaeco Fábio Langa Dias falou sobre os “Métodos de contextualização e integração probatória em investigações de combate às organizações criminosas”.
Lavagem e recuperação de ativos
O treinamento foi retomado à tarde com a apresentação dos setores do Gaeco. Logo depois, o promotor de Justiça e integrante do Gaeco Vitor Anhoque Cavalcanti abordou o tema “Lavagem e recuperação de ativos – dicas práticas”.
Os assessores do Gaeco Carlos Eduardo da Penha e Fernanda Furtado Semensato ministraram o tema “Preparação e efetivação de medidas cautelares em investigações criminais”.
O coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate à Sonegação Fiscal (Gaesf) do MPES, promotor de Justiça Luis Felipe Scalco, abordou as “Técnicas de investigação empregadas em operações de combate à sonegação fiscal”.
O treinamento foi encerrado com palestra ministrada pelo coordenador da Assessoria de Segurança Institucional e Inteligência (ASI) do MPES, promotor de Justiça Sérgio Andrade Werner, que destacou os “Procedimentos de segurança na investigação criminal”.