CNMP cria Grupo de Trabalho para tratar da representatividade feminina no Ministério Público

A procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES) e presidente do Grupo Nacional de Direitos Humanos (GNDH) do Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP), Luciana Andrade, participou na manhã de quarta-feira (01/03) da cerimônia de instalação do Grupo de Trabalho instituído com o objetivo de aperfeiçoar as tratativas do tema da representatividade feminina nos espaços de poder no Ministério Público. Em debate, a necessidade de um estudo sobre a viabilidade e necessidade de adoção de políticas de gênero.

Citando a professora e terapeuta Efu Nyaki – metade do mundo é composto por mulheres e a outra metade são nossos filhos, são filhos delas, das mulheres – a procuradora-geral de Justiça do MPES salientou que é preciso participar das decisões, construir as saídas e sofrer as dores de ser gestor, de se responsabilizar pelas decisões e pelos desdobramentos. “Todas e todos devem participar de forma ativa da sociedade, os mais vulneráveis, os mais pobres, enfim, todas as minorias e todas as maiorias”, lembrando que há maior proporção de mulheres no mundo.

Luciana Andrade ressaltou que esse Grupo de Trabalho se torna um espaço de diálogo que permitirá a indicação das razões das decisões tomadas, de aprendizagem, de pluralidade e de construções significativas para o Estado brasileiro. “O Ministério Público deve parar e escutar a sociedade. Escutar essa sociedade significa começar com a escuta dentro de casa. Esse espaço me faz sentir em casa para pode falar: ‘eu sou mulher, estou sendo olhada, estou sendo vista, estou sendo acarinhada e acolhida pela minha instituição’”, observou, fazendo um chamamento para que mais mulheres participem desses ambientes e, corajosamente, adentrem para essa empreitada.