Procuradora-geral de Justiça recebe comenda da Academia Feminina Espírito-Santense de Letras

Em solenidade realizada pela Academia Feminina Espírito-Santense de Letras, a procuradora-geral de Justiça do Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), Luciana Andrade, recebeu, na quarta-feira (22/03), a “Comenda Cora Coralina”, no auditório da Prefeitura Municipal de Vitória. Durante o evento “Mulheres Inspiradoras”, foram homenageadas personalidades que fazem a diferença na sociedade capixaba. A assessora do Gabinete da Procuradora-Geral de Justiça e promotora de Justiça Cláudia R. Santos Garcia também participou da solenidade.

Em discurso, Luciana Andrade, que falou em nome de todas as mulheres homenageadas no evento, destacou a importância do acesso à educação como uma das formas de garantir o empoderamento das mulheres, para que tenham voz e participação assegurada em todos os segmentos da sociedade. Salientou também as lutas das mulheres para conquistar o acesso ao voto e a postos de chefia no país. Nesse contexto, relatou que o Espírito Santo nomeou a primeira mulher no Brasil para exercer a então função de promotora pública: Ormi Viana Batista, em 1924. 

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“Eu aqui represento e recebo essa homenagem em nome da minha instituição, o Ministério Público, estabelecida na Constituição de 1988 como uma instituição cidadã, que deve defender os direitos fundamentais das pessoas e que deve, portanto, lutar por educação e por ensino para todas as meninas e meninos, indistintamente, mas sempre com olhar contramajoritário, com olhar para as minorias”, ressaltou Luciana Andrade. Acrescentou, porém, que mesmo no Ministério Público, que tem forte presença feminina, ainda há muito o que alcançar de espaço para as mulheres, que constituem aproximadamente 40% do total de membros da instituição no país. 

A solenidade contou com as presenças do secretário de Estado da Justiça, André Garcia, e do secretário municipal de Cultura de Vitória, Luciano Picoli Gagno.  

Fundação
A Academia Feminina Espírito-santense de Letras foi fundada há 74 anos pela escritora Judith Leão Castello Ribeiro, que foi também a primeira mulher eleita deputada estadual pelo Espírito Santo, com o primeiro dos quatro mandatos que exerceu iniciado em 29 de março de 1947. Foi também a primeira mulher capixaba a publicar uma obra literária, o livro “Esmaltes e Camafeus”. Já a “Comenda Cora Coralina”, nome de uma poetisa e contista brasileira, foi instituída em 2008 pela Academia.