Homens denunciados pelo MPES por homicídio são condenados em júri na Serra

O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio dos promotores de Justiça do Tribunal do Júri de Serra, obteve a condenação de Wagner dos Santos Sepulcro a 16 anos e 4 meses de prisão e de Elieudo da Costa Ferreira a 21 anos, 3 meses e 20 dias de prisão. Eles cumprirão as penas em regime inicialmente fechado e foram condenados pelos crimes de homicídio triplamente qualificado (art. 121, parágrafo 2º, incisos II, III e IV, c/c art. 29, todos do Código Penal), praticado contra a vítima Cleiton Mendes de Souza. Elieudo também foi condenado por porte ilegal de arma de fogo (art. 14 da Lei 10.826/2003). 

Após a leitura da sentença, no julgamento realizado no dia 04 de julho, o MPES entrou com recurso em face da decisão, para requerer aumento das penas. O Ministério Público considerou as penas incompatíveis com os fatos e com provas apresentadas no processo e no júri. 

O crime que resultou na condenação dos dois réus foi cometido no dia 18 de novembro de 2019, em um terreno baldio localizado na Rodovia Governador Mário Covas – Rodovia do Contorno –, no bairro Jardim Carapina. Na ocasião, Cleiton Mendes de Souza foi atingido por golpes contundentes na região lateral da cabeça e por três disparos de arma de fogo. 

O crime ocorreu após uma discussão entre Cleiton e o filho do dono de um bar da região, onde era realizado um forró. Em meio ao bate-boca, Cleiton foi derrubado por Wagner, dono do estabelecimento, e por Elieudo. Em seguida, foi amarrado pelos braços e pernas com uma corda e colocado na caçamba de um veículo Saveiro, onde foi levado a um terreno baldio. 

No local, foi agredido na cabeça com um cabo de vassoura e foi alvo de três disparos de arma de fogo, também na região da cabeça, o que causou o óbito. Durante as investigações do caso, a Polícia encontrou com Elieudo uma arma de uso restrito das Forças Armadas.

Os promotores de Justiça Natássia Martins Sarmento e César Nasser Fonseca, que atuaram no Tribunal do Júri deste caso, afirmaram que a vítima era um jovem trabalhador e que nunca se envolveu em crimes. Ressaltaram também que as condenações e o aumento das penas dos réus contribuem para impedir que crimes semelhantes se repitam, além de contribuírem para que haja mais segurança para a sociedade.