MPES propõe diálogo sobre educação antirracista em mais um Encontro com a Juventude Negra

Dialogar sobre o ensino da história e das culturas afro-brasileira e africana no currículo escolar foi o objetivo do “VII Encontro da Juventude Negra com o Ministério Público do Espírito Santo (MPES): desafios e avanços rumo à educação antirracista”, realizado na sexta-feira (28/07), no auditório da instituição. 

Com a presença de estudantes, coletivos, representantes de associações e outros órgãos, membros, servidores e estagiários do MPES, e do público em geral, a abertura do evento já deu um grande exemplo de como arte e cultura podem impactar a educação com a emocionante apresentação do Instituto Serenata D’Favela. A iniciativa surgiu em 2010, sob a liderança da professora Luciene Pratti Chagas, e se consolidou como um instrumento de transformação social através da música ao longo desses 12 anos.

Na sequência, a procuradora-geral de Justiça do MPES, Luciana Andrade, abriu a conversa destacando a importância de se conhecer a história e a cultura afro-brasileira no combate a todo tipo de preconceito. Destacou também o papel do MP nesse diálogo, com política públicas e ações afirmativas. 

Presenças
Além dela, a mesa de honra contou com o dirigente do Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf), promotor de Justiça Hermes Zaneti Junior; a coordenadora do Núcleo de Proteção aos Direitos Humanos (NPDH), procuradora de Justiça Catarina Cecin Gazele; o subprocurador-geral de Justiça Institucional e presidente do Comitê de Promoção da Igualdade Étnico-Racial (CPIER), Alexandre José Guimarães; e o coordenador da mesa e integrante do CPIER, Wagner Eduardo Vasconcellos.

A primeira palestra da tarde foi “A construção e manutenção do racismo no Brasil e os impactos na educação”, com Noélia da Silva Miranda de Araújo, mestra em Educação e licenciada em Pedagogia pela Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes). Especialista em psicopedagogia institucional, Noélia atua, principalmente, em temas de literatura africana e afro-brasileira/infantil e infantojuvenil, princesas de outras etnias, meninas negras na literatura, violência racial na infância, espaço público e educação pública e formação de professores e lideranças quilombolas de Sapê do Norte, em São Mateus (ES).

Para fechar o encontro, a artista e ativista Ana Clara Moreira de Oliveira falou sobre “A juventude pretagonista”. Ana Clara também é graduanda em Pedagogia pela Ufes e atua como orientadora social no Núcleo Afro Odomodê do Instituto de Desenvolvimento Social Bem Brasil, orientando jovens negros e pardos. Além disso, é titular da cadeira de cultura na Comissão Executiva no Conselho Municipal do Negro (Conegro), administradora do Coletivo Beco no ano de 2023 e coordenadora do Projeto Mulheres do Conectando.

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