MPES realiza entrevista coletiva e detalha o Júri do caso envolvendo a “família Guedes”
30/01/2024
O Ministério Público do Estado do Espírito Santo (MPES), por meio do Promotor de Justiça do Júri de Barra de São Francisco, Rodrigo Monteiro, realizou coletiva de imprensa nesta terça-feira (30/01), para tratar do julgamento referente ao homicídio de Renato Hubner da Silva, empresário do ramo de café. O crime ocorreu no dia 27 de maio de 2020, no local de trabalho da vítima, em um galpão de café no Córrego do Denzol, em Vila Paulista, na zona rural de Barra de São Francisco.
De acordo com o Promotor de Justiça, as investigações constataram um caso de crime de mando, por membros da “família Guedes”, conhecidos na região pela comercialização de café.
O julgamento de dois dos seis réus denunciados pelo Ministério Público será realizado nesta quarta-feira (31/01), no Fórum Criminal da Barra de São Francisco, a partir das 8 horas. Na ocasião, irão a júri popular, Elli-Hander Souza Reis e Alex Pereira dos Santos, executor e intermediário do crime, respectivamente. Eles foram denunciados pelo MPES por homicídio duplamente qualificado (mediante pagamento, promessa de recompensa, ou outro motivo torpe e recurso que impossibilitou a defesa da vítima).
O Promotor de Justiça Rodrigo Monteiro explicou que o caso dos mandantes do crime, ou seja, os membros da “família Guedes”, tramita em outro processo, porque eles recorreram ao Superior Tribunal de Justiça (STJ). Acrescentou que aguarda o processo retornar para a 1ª Vara Criminal da Barra de São Francisco, para que ocorra o segundo júri, o mais breve possível.
Questionado sobre a possibilidade do tempo de pena dos réus, o Promotor de Justiça afirmou que espera uma pena justa, porque o Ministério Público trabalha para garantir a Justiça à sociedade. “Nós olhamos principalmente na perspectiva da vítima, para nós do MP, o protagonismo não é do réu, mas, sim, da vítima. Então, precisamos dar uma resposta para a sociedade, porque a sociedade também é vítima desse homicídio. Quando acontece algum tipo de crime, a vítima direta sofreu a conduta criminosa, mas todos nós, enquanto sociedade, somos vitimados por esse crime”, ressaltou.
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